Quando a política fala mais alto que a arte: Arataca e o silêncio sobre os pratas da casa

 


A programação do Arafolia 2025 foi anunciada com entusiasmo, mas deixou um gosto amargo entre os moradores de Arataca que valorizam a cultura local. Entre os grandes nomes e atrações trazidas de fora, chama atenção a ausência de dois talentos da terra: Érika Leite e Jaddy Sena, artistas que carregam a bandeira cultural de Arataca com dignidade, talento e compromisso.

É inadmissível que, em um evento público, financiado com recursos da própria população, a Prefeitura ignore nomes que representam, com autenticidade, a identidade musical do município. O que deveria ser uma festa da cultura Arataquense, se transforma num palco restrito — onde, infelizmente, a política parece ditar quem merece espaço.
Misturar política com cultura é uma prática antiga, mas continua sendo feia, injusta e profundamente cremente com quem realmente faz a arte acontecer na base, nas comunidades, nas ruas da cidade.
A exclusão de Érika e Jaddy  não é apenas uma escolha de programação — é uma mensagem perigosa de que o reconhecimento depende de alinhamento político, e não de talento ou contribuição cultural. Isso empobrece o evento, desmotiva artistas locais e afasta a comunidade daquilo que é seu por direito: representatividade no próprio chão.
A arte é maior que qualquer palanque. E quem governa precisa entender que dar espaço à cultura local não é favor — é dever.

Papo de Blogueiro

Em Arataca, a Secretaria de Cultura virou piada de mau gosto. Existe, sim, uma pessoa nomeada como secretária, mas o cargo é só de enfeite. Quem realmente manda ali é Vitor Mansur, o filho do prefeito.

Enquanto a secretária posa para foto e assina papel que mandam assinar, é o herdeiro do trono municipal quem puxa as cordas e dita as ordens. A pasta da Cultura, que deveria ser espaço de autonomia e valorização artística, virou brinquedo de poder nas mãos da família Mansur.

Arataca merecia mais respeito. Mas pelo visto, a cultura é só mais uma vítima do velho jogo político onde sobrenome pesa mais que competência.
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